Um dia desses um conhecido estava tentando me convencer de que as traduções das letras das músicas de bandas que ele costumava curtir eram uma porcaria e que não condiziam com o que ele achava que poderiam significar e que muitas dessas bandas ele não mais ouviria. Foi então que disse a ele que não esperasse a resolução para os problemas da sua vida na letra de uma música nem que esta viesse a suprir alguma necessidade imediata de sua cultura (ou falta dela).
Isso por que se existe uma coisa que prima pela liberdade de direcionamento na mais literal das interpretações é a música.
Ora, senão vejamos, tirando o lixo comercial que assola nossa pobre nação todos os dias, o que você acharia do Destruction escrevendo sobre dor-de-corno ou sobre coelhinho da páscoa? Eles teriam todo o direito... pois a liberdade é um direito de todos... porém... os fãs iriam odiar e até execrar a banda para todo o sempre, pois a expectativa em torno do trabalho do artista está sempre focada em algo pré-estabelecido (mas não obrigatório).
Gosto da música do Blind Guardian, mesmo com as letras com temas às vezes defendendo o Cristianismo (nesse caso, fico com a música, não com uma ideologia). O que não aconteceu com alguns amigos meus que depois de descobrir o significado das letras dos caras deixaram de ser "fãs".
No fim das contas, cada um tem seus critérios avaliativos e podem decidir se gostam ou não da letra ou temática de uma música.
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